Uma das coisas mais maravilhosas da vida é a simplicidade.
O passeio ao Mercado Municipal de SP é uma tarefa das mais prazerosas.
Nada como passear pelas alemadas recheadas de barracas com a incrível diversidade de produtos gastronômicos.
Vou contar aqui um segredinho básico...Viro criança quando coloco meus pés nesse palácio de sabores.
Meus olhos se enchem de um colorido tamanho que no momento custo a decidir se levo o que tinha em mente ou deixo a imaginação me levar.
Essa conversa de que mortadela é coisa de pobre, de brega e de pessoas de mau gosto, não concordo mesmo.
Pessoas de gosto e paladar refinados, encontram nos sanduíches de mortadela do mercadão de SP a elegância e simplicidade unidas em um único produto.
Comer bem não significa pagar caro.
Comer bem não quer dizer passar fome diante de significados inexplicáveis de temperos ou mesmo cardápios indecifráveis.
Ser "Maria Vai Com as Outras" não é elegante.
Entender de mortadela não é pra qualquer um.
Famosa pela "falta de sofisticação", pouca gente sabe que esse tipo de embutido nasceu no império romano há mais de dois mil anos. Talvez por isso os italianos sejam os principais consumidores do embutido no mundo.
Chefs de cozinha elegeram o embutido como vedete da estação. Por conta disso, pratos elegantes estão surgindo, trazendo a mortadela como atração principal. Além de figurar nos cardápios dos principais restaurantes, este alimento já é tema de publicações especializadas e registra um consumo anual de cem mil toneladas no Brasil.
Redescobriram a mortadela e afirmam que a sua consistência macia e tempero suave podem incrementar as receitas. Sem dúvida uma boa notícia para quem está acostumado a comer o embutido dentro do pão. Ponto para a mortadela, que agora pode ser servida como entrada em qualquer jantar chique e que, com certeza, continua a ser vendida - com um pouco de limão - nos botecos.Derivaria da palavra latina "myrtata", que significa carne temperada com bagas da "mortella", planta de sabor resinoso; ou de "mortarium", vocábulo da mesma língua, almofariz empregado para amalgamar a carne. O escritor Plínio, o Velho, contou que Augusto, primeiro imperador romano, não passava sem mortadela. Sua despensa era abastecida regularmente com peças vindas de Bolonha.
Portanto meus amigos, chic tbm é entender de história, saber que não basta um fino guardanapo de linho ao colo, uma taça de Carmenère à mão e um prato de Foie Gras.
Um brinde à classe e elegância!
Realmente concordo com vc.
ResponderExcluirApesar de não poder ir sempre ao mercadão de SP, providencio ingredientes para sofisticar meu sanduiche e o pouco que entendo de gastronomia.
Parabéns pela explicação.
Ahhhh! Os sandubas hein? E depois dessa explicação magnífica e a fome básica que pintou na área, a gente só pode mesmo é elogiar o seu trabalho, a sua paixão pela gastronomia e o mais importante: a sua resplandecente simplicidade.
ResponderExcluirGrande abraço!
PEDRO BRASIL JR
Oi, Pedro...quanta honra tê-lo passeando aqui em minha cozinha.
ResponderExcluirMuito obrigada!
Volte sempre, meu amigo.
Realmente a alquimía do mercado municipal de São Paulo, principalmente para nós, criticos culinários é uma fonte de inspiração e conhecimento.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, sucesso, continue trilhando por esse maravilhoso mundo da gastronomia, sua mente gastronomica nos surpreende a cada dia pela ousadia com seu toque peculiar de leveza em tudo que faz
CharmInChef
e.t: Lindas as fotos!
Ola....meu nome eh Maria inez estou conhecendo seu blog hoje e estou encantada...mas o motivo do meu comentario eh que eu tambem AMO MORTADELA...amo mercados municipais que tem tudo isso mais o pastelzinho....Parabens pelo teu blog
ResponderExcluirmaria Inez
Obrigada, Marinez...
ResponderExcluirApareça sempre, porque a cozinha é nossa!!